Por cynthia / 22 de dezembro de 2014
Para transformar o veículo em uma loja, empresário gastou R$ 41 mil. Comodidade de ser atendido em casa tem atraído clientes para este modelo de comércio

Em meio a um ano conturbado e economicamente ruim, não é difícil ouvir dos empresários que os negócios não foram bons. Mas então o que fazer para fugir desse marasmo? Inovar. A resposta parece simples, no entanto implementar a ideia nem sempre é fácil.
O goiano Teodoro Pereira da Costa Neto sabe bem o trabalho que dá para pôr uma boa ideia em funcionamento. Antes funcionário de uma empresa especializada em vendas de roupas, Teodoro resolveu aproveitar a experiência adquirida e criar o próprio negócio.
Embora tivesse o projeto na cabeça há anos, o empresário não tinha dinheiro para investir em sua inovação. E foi assim, aos poucos, que ele construiu a sua marca: a Kombinô. Começou com a exposição pela internet. Mas logo o vendedor resolveu expandir os negócios para uma loja física e outra móvel.
O primeiro passo foi adquirir uma Kombi que leva roupas e tênis masculinos de diversas marcas até a porta da casa dos clientes. Só que, para chegar ao estágio final com uma estrutura organizada e estilizada, foi preciso perseverança para vencer os desafios.
“Comprei uma Kombi muito velha e toda estragada. Cara ela era zoada. Tive que refazê-la inteira. Me deu muita dor de cabeça, mas, em meio aos erros, ela foi criando forma até chegar ao ponto certo. Cheguei a gastar R$ 41 mil na reforma da minha primeira Kombi para deixá-la exatamente como eu queria”, conta.
A iniciativa foi tão bem recebida que o empresário já expandiu os negócios para o interior do Estado. “É uma ideia diferente. Hoje, temos uma loja móvel e já estamos lançando um projeto para vender também no interior. Geralmente recebemos propostas e, dependendo do número de clientes, nós já nos deslocamos. Mas temos a intenção de casar as vendas com os eventos da cidade”, revela. Com a diversificação dando lucros, Teodoro já pensa em franquear a sua ideia e negócio.
Mais adeptos
O modelo de negócio itinerante ou comércio sobre rodas já é uma realidade há algum tempo em outros países e até em outros Estados do Brasil. Atraídos pelo menor custo de manutenção e pela possibilidade de ampliar e se aproximar mais da clientela, empreendedores de todo o País têm investido nas lojas móveis. Mesmo em fase embrionária em terras goianas, a ideia tem reunido novos empresários dispostos a investir na ideia.
A afirmação é da especialista em marketing do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Goiás, Luciana Rauber. “Esse modelo tem crescido bastante aqui no Estado, porque na verdade é uma tendência. As pessoas não estão tendo mais tempo para ir até a loja, por exemplo, e efetuar suas compras. Está tendo uma inversão. O comércio está indo até o cliente”, revela.
A principal vantagem para o consumidor, segundo a especialista, é a comodidade, além do atendimento diferenciado, que acaba fidelizando os clientes.
Contudo, Luciana explica que, apesar do caráter ambulante, uma loja itinerante é um empreendimento que deve seguir regras de formalização semelhantes às de uma empresa tradicional.
O empresário deve buscar a autorização de funcionamento junto à prefeitura, segundo as regras ambientais e de postura do município. Alguns detalhes devem ser observados, como a acessibilidade aos clientes, iluminação adequada e escoamento de água, de forma que o veículo atue dentre de normas sustentáveis. Também é o órgão municipal que vai determinar os locais de atuação permitidos para a loja móvel. “No caso de alimentação e de pet shop, precisa também de uma autorização da Vigilância Sanitária”, destaca Rauber.
Via O Hoje e Redação
Fonte: http://acieg.com.br/negocios-sobre-rodas-ganham-espaco-em-goiania/
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